SOLIDÃO






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Solidão

Estás todo em ti, mar, e, todavia, 
como sem ti estás, que solitário, 
que distante, sempre, de ti mesmo! 

Aberto em mil feridas, cada instante, 
qual minha fronte, 
tuas ondas, como os meus pensamentos, 
vão e vêm, vão e vêm, 
beijando-se, afastando-se, 
num eterno conhecer-se, 
mar, e desconhecer-se. 

És tu e não o sabes, 
pulsa-te o coração e não o sente... 
Que plenitude de solidão, mar solitário! 

Juan Ramón Jiménez, in "Diario de Un Poeta Reciencasado" 

4 comentários:

  1. Muito lindo esse poema! beijos, tudo de bom,chica

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  2. Maravilhoso poema ,muitos beijinhos querida amiga.

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  3. Lindo poema de Juan Ramón. Não conhecia esse poeta.
    Um feliz setembro!
    Beijos
    Amara

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  4. Um Poema muito lindo!
    e uma imagem mais ainda!
    feliz semana pra ti Arlete

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